terça-feira, 19 de março de 2013

Psicose




Após o luto, uma interminável noite de prantos.
Sem o ódio, este agora que começa a tomar conta de meu ser.
Certa malícia em sofrimentos próprios, tão bem quanto alheios.
Com tudo uma mente psicótica ou psicopata não seria em minha opinião termos adequados. Se comparados aquilo que sou capaz de causar as pessoas.
Vem sendo cada vez mais difícil dominar a natureza “branda ” da face do horror.
Mesmo sem saber o porque, sangue sempre foi o almejado, não se importando em ser o próprio ou de outros.
Adoro as pessoas, adoro ajudar, adoro usá-las e depois de longos momentos de cortes profundos, luzes piscando e gritos agonizantes velas em pleno desespero e submissão.
Seu medo, ódio, tristeza e culpa, alimentam uma natureza pecaminosa e profana.
Não deixando tempo para as coisas divinas, por mais santo que tente parecer, são ilusões de uma mente sofrida e rancorosa o qual o som da palavra amor é ofensivo a uma alma cujo espírito foi rasgado de alto a baixo por conta de seu banimento gerado pelos homens que não compreendiam a junção de almas iguais.
E assim, simplesmente assim organizou sua mente para se livrar da dor da culpa.
Pois nunca nasceu com atos tão nefastos, essa natureza foi implantada pela crueldade da vida e de pessoas que não compreendia tão simples romance de ambos.
Antes de ser corrompido pelos gritos abafados sob laminas afiadas, mesmo entre cordas ao redor de seu pescoço soube a hora de renegar e passar a dor adiante.
Com tudo não fosse uma certa tendência, não acharia outra saída para a solidão e dor.
Ao qual se tornou tão intima, que preferiu mante-la sempre por perto.
Tendo ela vários cheiros, rostos e sexos.
Sendo ela varias pessoas ou seres, aos quais nunca escaparam com vida de um certa tendência, uma chamada por insanos de masoquista.
                 (Alisson Matheus de Andrade Alves 12-03-2013 – 21:25.)

Um comentário:

  1. Poemas são expressões e esse aqui é de um amigo, que seja bem visto...Bem vindo... :p

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